É
sabido que motoristas e ciclistas (assim como pedestres), às vezes estão pondo
em xeque a relação de convívio entre eles no trânsito. Partindo de uma primeira
premissa, a maior parte desses problemas se dá porque os motoristas, em geral,
não seguem todas as regras que dariam prioridade aos ciclistas. Na verdade, não
enxergam o ciclista como mais uma pessoa num veículo de transporte e sim como
um obstáculo a mais na pista. No caso do ciclista, cabe também entender o
veículo em que se está e usar sempre o bom senso e a cautela quando está no
trânsito.
Em
termos de medidas, existem sempre duas que podem ser adotadas: aquela que impõe
a regra, oriunda do estado, imediatista, e outra, que seria mais longa, com
bases sócio-antropológicas e que enfrentaria o problema no sentido do convívio,
ou seja, dar a ciclistas e motoristas a confiança para conviverem juntos. No
caso do Brasil, a primeira é a mais aceita, sendo que, em linhas gerais, ambas deveriam
ser adotadas. Explica-se: há a construção da ciclovia, mas mesmo assim, é
preciso educar a sociedade de forma a não interferir nela, afinal do que
adianta uma ciclovia se o motorista estiver bêbado? Ou numa via de alta
velocidade? Estas duas medidas mostram como o tema é um pouco complexo: por um
lado, dá ao ciclista um lugar teoricamente sossegado para trafegar, mas deixa
lacunas que demandam um pensamento holístico sobre o tema: se haverão
motoristas bêbados, se eles irão respeitar, se as vias de alta velocidade
possibilitam realmente ao ciclista o trafegar tranquilamente, etc.. Neste caso,
o problema deve ser encarado de maneira crítica, com alternativas que venham
realmente a resolver o problema, e não que se instalem apenas como medidas
paliativas.
Referências
Montenegro, N. P. E,
Ciclovias nos países Luso e Afros e no Brasil. UFRB. Disponível em:
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